sábado, 30 de junho de 2012

SOU FEIA

É muita pressão. Tá se tornando cansativo, tá me detonando por dentro. Será que vocês não percebem que tudo isso mexe por completo com o meu psicológico? É maquiagem perfeita, roupa perfeita, corpo perfeito. EU SEI QUE NÃO SOU PERFEITA. Sei que erro maquiagem, não tenho as roupas que eu quero e muito menos um corpo lindo, isso já me machuca muito. É ruim, cansa, dói. Mas se não bastasse, vocês tem que ficar todos os dias me lembrando disso. Me lembrando que sou uma feia, uma gorda. CHEGA! Eu não consigo mais suportar, eu já até acordo me sentindo mal e vou dormir me sentindo pior ainda. E se dessa vez alguém vir me empurrar comida a força, eu juro que eu mato.

sábado, 16 de junho de 2012

Estilos

Na vida passamos por diversas mudanças, não é verdade? Algumas boas, algumas ruins. Eu tive muitas, na maioria das vezes em estilo... Tudo começou quando eu tinha 11 anos, logo depois do meu primeiro beijo. Antes disso eu nem me importava se estava bonita ou não, bem vestida ou não, usava as roupas que minha mãe escolhia e comprava pra mim e achava muito irritante perder horas dentro de uma loja escolhendo roupas. E estilo? Nem sabia o que era isso, e tava muito feliz obrigada. Porém depois do meu primeiro beijo, as coisas mudaram, porque eu queria começar a chamar atenção e ser como todas as outras meninas, mas eu não comecei da maneira certa. Quando tinha 12 anos, me descobri, eu queria ser mina do gueto, colocava umas calças largas, boné, e blusa apertadinha. Eu não sabia muito bem o que eu era, e até me alto dizia "Patileira", que era uma mistura de Patty com vileira, mas na verdade era só vileira porque de Patty eu não tinha nada, adorava azul claro e a maioria das minhas roupas eram daquela cor. Descobri que nenhum menino me achava atraente, porque passei 1 ano da minha vida sem ficar com ninguém. Então, com 13 anos eu resolvi virar patricinha e todas as roupas que eu comprava eram cor de rosa PINK, usava salto alto e me sentia. Fiquei com 1 menino, uhu. Só que eu achava que deveria ser mais desejada, e então decidi virar piriguete. Na verdade eu nem sabia direito o que era uma piriguete, porque aposto que se soubesse não seria como foi. Com 14 anos, eu usava blusas aparecendo a barriga, e saias curtinhas, mas o detalhe é que eu era meio pançudinha, então ficava meio bizarro. Mas apesar dos apesares, fiquei com 3 meninos naquele ano! Nossa, eu era super diva. Foi quando comecei a notar que eu era pançudinha né, e comecei a querer ser gente. Imagreci acho que uns 15 kg em um mês, e foi quando decidi deixar de ser piriguete. Comecei a usar roupas mais decentes, mais modinha mesmo, acho que foi uma das fases mais bonitinhas que eu tinha. Saias, vestidinhos, salto alto, e cabelão. Com 16 anos foi minha fase XXT, eu queria chamar atenção e ser bem vestida ao mesmo tempo, mas confesso que não deu muito certo porque eu parecia uma perua. Com 17 anos, eu queria ser Scene Kid, ou algo meio parecido, e vestia todas minhas roupas bem coloridas, cabelo bem frizado, e maquiagem bem forte. Com 18 anos eu tirei as cores da minha vida e passei a usar mais preto, embora as vezes optasse por um coloridinho básico. E agora com 19, eu acho que passo por dias de cada fase minha, porque percebo que não tenho um modo patrão de me vestir ou ser mais. Mas é isso ai, acho que o estilo faz parte da vida de toda menina, e é bem legal inovar. (:

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ana Paula Martini Vianna

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Calos Drummond de Andrade