quinta-feira, 10 de novembro de 2011

4 anos. (12.06.2007)

Fazem 4 anos que você sumiu da minha vida. Que de repente, o que pra mim parecia eterno, foi embora sem nem ao menos me dar um motivo, uma razão, um porque. Somente os boatos, de que eu era feia, incorreta e talvez criança demais. Confesso, não era adulta, poxa eu tinha 14 anos. Mas eu já tinha sentimentos, eu já entendia as coisas. Eu não era adulta, mas também não era mais uma criança, eu sabia o que eu queria com você e sabia a intensidade daquele carinho forte que até então eu não sabia que se transformaria em amor.
Foi em maio, eu me lembro exatamente, eu descobri que não era amizade, que eu queria algo mais com ele. Descobri que eu achava ele lindo, enquanto todas achavam feio. Descobri que meu coração disparava quando ele passava, enquanto as outras nem ligavam. Ele namorava com a Luana (o nome pode ser fictício). Ele amava ela! Só falava nela, e eu via eles sempre perto um do outro. Porém, eu sabia que ela não era fiel, que ela ficava com vários.
Quando chegou junho, a notícia que eu não imaginava veio: ELA IRIA EMBORA DA CIDADE. Eu pulava de alegria, mesmo que fosse em silêncio. Pois até então, ninguém além de mim mesma sabia o que eu sentia. Antes de ir embora, eles fizeram uma promessa no recreio da nossa escola: nenhum dos dois ficaria com ninguém por 3 meses. Indo embora, eu vi ela beijar um outro menino. Eu me senti com raiva, pois poxa, além de estar com o cara que eu gostava, além de trair ele no namoro, ela tava traindo o voto de confiança que havia feito com ele. Guardei em silêncio mais uma vez.
O tempo passou, e o sentimento em mim ia crescendo cada vez mais. E foi as minhas melhores amigas as primeiras a saberem, como geralmente é, e resolvi também contar para o William (o nome também pode ser fictício), pois ele era um dos melhores amigos dele. E o tempo foi passando, eu falando todos os dias dele. Um dia, estava conversando com ele e o amigo dele, e minhas pernas tremiam, era nervosismo, era paixão! A gente tava de mãos dadas, a gente sempre ficava de mãos dadas, com a desculpa de que era coisa de amigos. E de repente, o amigo dele como num desabafo fala:
- Cansei gente, vou ter que falar. Vocês dois todo dia falam um do outro pra mim, vocês tão se gostando e não dizem um pro outro porque?
O MUNDO PAROU! O que? Seria mesmo isso que eu tava ouvindo? Meu nervosismo aumento em 100%. Convidei ele pra ir a minha casa, eu ficava sozinha. Chegando lá, a gente começou a olhar tv (ingênuos). Nos abraçamos. O cheiro dele era tão ótimo *-* Ele me beijou, de repente, foi um beijo leve, devagar. Até hoje não conheci nenhum que fosse tão perfeito. No outro dia, ele me pediu em namoro, e começamos a namorar. Sim, depressa assim. Eu sorria a toa!
Mas o tempo foi vindo, as traições também... eu soube perdoar milhares de traições! Eu sei o que eu aceitei, o que eu passei, o que eu senti. Ele me fazia me sentir um lixo a cada dia, por saber que ele não era só meu. Ele me usou tanto. E todos sabiam o quanto eu era corna, e eu ignorava, viva, por amor. Terminamos e voltamos várias vezes, eu terminava porque ele me traia. Mas quando ele pedia pra voltar, eu voltava.
Porque ele conversava comigo, ele me fazia companhia, por mais que não tivesse caráter, ele me dava carinho, me dava amor. Era ele que passava as tardes comigo.
Briguei com meus pais, por causa dele, pois meus pais me achavam nova pra namorar. Poxa, eu tinha só 14 anos, claro que era nova.
Quando meu melhor amigo morreu, ele ficou ali do meu lado, me abraçando, me consolando.
Meu aniversário de 15 anos foi perfeito, porque ele tava ali dançando... eu não pensei em nada, em ninguém que tava lá, só pensava nele.
Parecia uma doença. Era ele ou nada.
Quando ele não quis mais ficar comigo, eu entrei em desespero. Ele acha que foi por estética, mas na verdade foi por ele que imagreci 15 kg em duas semanas. Eu não conseguia comer, eu vomitava, porque parecia que meu corpo recusava tudo. Nada tinha graça.
Foi ele quem falou que eu era feia, foi ele quem falou mal de mim.
E é ele que eu amo até hoje.
Talvez seja meu maior defeito, mas eu não consigo apagar de mim.
Burrice? Sim. Sou idiota? Sim.
Independentemente disso, não consigo mudar. Já tentei tanto apagar ele da minha memória, hoje desisti, sei que não consigo.

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